REVELAR O PATRIMÓNIO

Ontem foi, mais, um dia em que senti orgulho em fazer parte da equipa da DGPC (para quem não sabe, Direção-Geral do Património Cultural).




Há uns anos atrás numa visita guiada ao Forte de Sacavém tive a oportunidade de conhecer e verificar a riqueza do espólio que lá se encontra à sua guarda.




Ou seja, o quartel oitocentista construído na margem do rio Trancão, passou, por volta de 1997, a funcionar sob a tutela das Obras Públicas como arquivo da documentação e inventário dos monumentos e obras públicas nacionais.

Nos quatro edifícios, com dois mil quilómetros (200 campos de futebol), arrecadam-se 12 quilómetros de documentação textual, que dão lugar a 35 mil fichas de inventário, às quais se associam 13 milhões de desenhos e mais de 700 mil fotografias digitalizadas.

Mas, entretanto, por extinção de organismos e criação de outros, o excelente trabalho que se fazia no arquivo ficou em "águas de bacalhau".

Em 2015, o arquivo foi integrado na DGPC (Direção-Geral do Património Cultural) e ontem em mote de reabertura dos trabalhos organizou-se o "Revelar o Património - I Congresso Nacional de Arquitectura 1948-2018".





Para além do acervo contar com os arquivos da ex- DGEMN (Direção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais), do Fundo de Fomento da Habitação (FFH), posteriormente, Instituto de Gestão e Alienação do Património Habitacional do Estado (IGAPHE), e do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU), conta ainda e cada vez mais com os acervos particulares de arquitectos e artistas nacionais com obra feita.

A DGPC propõe-se trabalhar em rede com diversas entidades publicas e privadas para o estudo e divulgação do acervo à guarda do Forte, contando organizar, para o efeito, diversos eventos.

Para além disso, a Biblioteca do Forte de Sacavém promove visitas guiadas, sendo especialmente pertinentes para os alunos que iniciam a sua vida universitária na área do património construído, da arquitetura e do urbanismo. As visitas devem ser previamente agendadas com a responsável pela BFS.

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