Paixão chamada Património


O meu nome é Elisabete Serol, tenho 46 anos.



Sou Lisboeta, alfacinha de gema, descendente de uma família alentejana (Borba, terra do bom vinho e queijo).

Casada e mãe de três filhos rapazes, com 11, 18 e 20 anos, todos músicos (violino, violoncelo e guitarra), uma fanfarra lá em casa...

Sou uma pessoa feliz, mas nunca realizada…ou seja, ando sempre à procura de mais, de melhor, de diferente.

Profissionalmente fiz o processo inverso, comecei a trabalhar e depois fui escolhendo e fazendo o caminho  que, por esta ou por aquela razão, mais me agradava .

Quando comecei não tinha qualquer idealização relativamente ao meu futuro, no final dei por mim a trabalhar por paixão.

Sou especialista em Estudos do Património, passo os meus dias entre o antigo e o moderno, entre as ruas e o casario, entre o que foi e o que é, entre livros e computadores.


Nesta área, iniciei funções nos Serviços Educativos do Panteão Nacional, onde o primeiro desafio foi, em menos de um mês, saber para contar os mais de 400 anos de história do monumento.



Este revelou-se o ponto de partida para a minha nova missão, conhecer e dar a conhecer, das mais variadas formas, a história do monumento e da sua zona envolvente.

Fiz visitas guiadas, visitas encenadas, ateliers, teatro, jogos, peddy-pappers, maratonas fotográficas e muitas mais actividades, as quais desenvolvi com o maior dos prazeres.

Era um gosto, ver  as pessoas entrarem reticentes, por ser um lugar de "culto", e sairem reluzentes com tantas histórias maravilhosas que tinham acabado de ouvir.

Mas o interesse não se ficou por aí e decidi investigar a fundo a história do monumento e da zona envolvente, fazendo com a minha tese de mestrado uma actualização dos dados disponíveis até então e criando um roteiro cultural que aguarda melhores dias para ir ao prelo.

Com o mestrado descobri que queria fazer mais pelo nosso património e rumei ao Palácio da Ajuda, mais concretamente à DGPC, para trabalhar em salvaguarda.

Estive, por lá, cerca de 8 anos a trabalhar em processos de classificação e de proteção das zonas envolventes de palácios, igrejas, conventos, lojas, que me proporcionaram conhecer o centro histórico da cidade de Lisboa como a palma da minha mão.

Fechei o ciclo com a classificação da Ponte 25 de Abril e parti rumo à Comunicação em Património, área que me encontro, presentemente, a estudar e a trabalhar.



Procuro, essencialmente, novas formas de comunicar o Património.

Formas de partilhar esta paixão com as outras pessoas.

Fazer com que gostem tanto dele quanto eu.

Porque o Património é de todos.

É ele que assegura a nossa história, a nossa identidade. 

É ele que nos conta histórias mirabolantes e nos faz sentir orgulho em sermos portugueses, ...

a quem faz, porque nem todos temos de gostar…

Elisabete Serol

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