Para que classificamos o Património?



No outro dia alguém me fez a pergunta,

Para que é que classificamos o Património?

Ao que eu respondi:

Para o proteger, preservar e dar a conhecer às gerações futuras...

Nova pergunta,

Mas porque é que isso é importante?

A minha resposta: 

Pela defesa da nossa memória, da nossa identidade, da nossa cultura...blá blá.





Imaginem que acordam, está um lindo dia de sol, porém, ao 
abrirem os olhos  não reconhecem o lugar, a cama, o roupeiro, os quadros, as cortinas...

Vão à janela e nada vos é familiar...não reconhecem a rua, as casas, os jardins, as lojas, o mobiliário urbano...

Ficam com a sensação de que provavelmente ainda não acordaram...só pode ser um pesadelo ou então perderam a memória...



No quotidiano não prestamos atenção, nem valorizamos tudo aquilo que nos rodeia, porque, apesar de  irem sofrendo algumas mudanças, as ruas, os prédios, as escolas, as igrejas, as lojas, os jardins estão sempre lá e  vão-se mantendo iguais... o eléctrico vira sempre na mesma esquina, até o cheiro do café é sempre igual...

Todos estes bens acima mencionados, e muitos outros, fazem parte da construção da memória colectiva. Asseguram a identidade, o sentimento de pertença, do indivíduo enquanto ser social. Garantem-lhe certeza quanto às suas origens, asseguram-lhe tranquilidade quanto ao presente e ajudam-no a contruir o futuro.

O Património Cultural de uma comunidade é tudo aquilo com que essa comunidade se identifica e com que , ao mesmo tempo, se distingue de outras.



Se em tempos o termo Património significava construções monumentais, hoje em dia, o conceito evoluiu para os bens
que revelando-se valiosos ou interessantes testemunhos de civilização ou de cultura, permitam o sentimento de identidade, coesão e pertença à comunidade ou sociedade em causa.


O papel das classificações é assegurar a sua continuidade.






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