FILMES ALTERNATIVOS,EM EXIBIÇÃO, EM CENÁRIOS FANTÁSTICOS DE LISBOA



De 25 a 30 de agosto.
Os jardins e os claustros dos Museus de Lisboa serão mais uma vez o palco da celebração da videoarte.
O programa é vasto, os Lugares são fantásticos, difícil é escolher.
Ficam aqui algumas sugestões, a tentar não perder.
Entrada livre.
FUSO 2015 - Anual de Vídeo Internacional de Lisboa

Jardim do MNAC - Museu do Chiado 27 AGO // 22h00 _ XAVIER FRANCESCHI // VERTIGO [FRAC ÎLE-DE-FRANCE]
Apresentação:
 Xavier Franceschi // Duração:66´

Vertigo reúne um grupo de obras que provêm, na sua totalidade, da colecção do Frac da Île-de-France. De várias maneiras, em meio a contrastes muito intensos, o espectador mergulhará sucessivamente no divertimento, no deslumbramento, na dúvida ou no pavor.
Quer se trate da visita – muito acompanhada – a uma vivenda modernista (Ulla von Brandenburg), de jogos conceptuais simultaneamente simples e radicais (Pierre Bismuth), da visão de uma casa habitada por fantasmas (Alejandro Cesarco), de um retrato cujas tonalidades depressivas também revelam uma grande humanidade (Margaret Salmon) ou de um encontro que se transforma em pesadelo (Karen Cytter), os artistas propõem, com grande diversidade, experiências vertiginosas que não deixarão o espectador ileso…


Jardim do Museu Nacional de Arte Antiga // 29 AGO // 23h15
ALISSON AVILA // DO MONSTRO BRASIL AO MONSTRO GLOBAL
Apresentação: Alisson Ávila // Duração:60´

Ao longo do século 20, e não sem certa obsessão, cineastas e artistas visuais brasileiros buscaram vigorosamente o entendimento daquilo que é / onde está / o que será do Brasil, sob os mais diversos enquadramentos e linguagens. Este exercício de buscas e encontros forjou a percepção estrangeira quanto à moderna produção audiovisual do país. 
Porém, no século 21, novos artistas instrumentalizam-se para criar um universo imagético que, gradativamente, deixou de dedicar-se à necessidade de exploração da identidade brasileira para abordar possibilidades cada vez mais alargadas: assim como no resto do mundo globalizado, os interesses e necessidades artísticas se fragmentaram de forma definitiva, e a análise nacional deixa de ser literal.
Enquanto espelho da produção audiovisual autoral contemporânea no Brasil, o Cine Esquema Novo acompanhou esta relativização temática, onde ganharam força questões e obras mais íntimas, particulares, pessoais, ensaísticas. Alinhada à necessidade global de oferecer uma outra abordagem perante o excesso permanente que marca o tempo presente, boa parte desta produção une-se às vozes da “Internacional Artística” para expressar sentimentos transversais (e não necessariamente de uma nacionalidade ou nação) perante a ordem estabelecida.
E é esta produção menos mineradora da identidade brasileira; e mais fleumática, sensorial e internacionalizante, voltada a uma expressão artística (e naturalmente política) alheia a conexões nacionais de pertencimento, que caracteriza o filme seleccionado pelo Cine Esquema Novo para o Fuso 2015. Com "Aquilo que Fazemos com as Nossas Desgraças", de Arthur Tuoto, trazemos a Lisboa pela primeira vez o trabalho galardoado com o Grande Prémio do Cine Esquema Novo 2014: uma obra que, nas palavras do Júri, apresenta uma “ressignificação de textos e imagens apropriados pelo artista, levando o espectador a uma reflexão política sobre o mundo contemporâneo através da forma de um potente filme-ensaio". Um trabalho de “found footage cinema” que se movimenta no coração da agenda contemporânea, e que através de um áudio de Jean-Luc Godard e Anne-Marie Miéville nos convida a mergulhar numa obra singular dentro do panorama dos filmes de apropriação.
Claustro do Museu da Marioneta //30 AGO // 22h00 _ LORI ZIPPAY // SOUNDTRACKS [EAI]
Apresentação: Lori Zippay // Duração:60´

SOUNDTRACKS _ A program of moving Image works from EAI
Electronic Arts Intermix (EAI), uma instituição sem fins lucrativos sediada em Nova Iorque, tem uma das colecções mais extensas de obras de imagem em movimento produzidas por artistas. O arquivo da EAI tem mais de 3500 obras de arte que vão desde 1960 até ao presente, desde obras seminais de figuras pioneiras até trabalhos media e digitais de uma nova geração de artistas.
O programa Soundtracks apresenta uma selecção de imagens em movimento da colecção do EAI onde os artistas re-imaginam e reinterpretam imagens e música – canções pop, rock, punk, ruído electrónico – como ponto de envolvimento crítico. O programa varia entre novas obras digitais de artistas emergentes interdisciplinares, tais como C. Spencer Yeh, até trabalhos de vídeo raramente vistos de artistas bem conhecidos, tais como Pipilotti Rist e Dara Birnbaum. O programa conta também com uma edição de vídeo especial de um “espectáculo rock’n roll de marionetas”, que foi concebido e escrito por Dan Graham, com projecções de vídeo de Tony Oursler, com música de Japanther, e um elenco de marionetas liderado pelo mestre marionetista Philip Huber.
 
Assumindo a forma de “vídeos de música” alternativos, estes trabalhos são largamente conceptuais na sua natureza, onde os artistas exploram o sentido e sintaxe das canções de música pop e rock como “bandas sonoras” das nossas narrativas culturais e pessoais.

Claustro do Museu Nacional de História Natural // 28 AGO // 22h00 _ FRANÇOISE PARFAIT // SUSPENDED SPACES
Apresentação: Françoise Parfait // Duração: 68´

O projecto Suspended Spaces, inaugurado em 2007, é um projecto colectivo e itenerante, que faz escalas em sítios geopolíticos onde a modernidade deixou objectos inacabados. No Chipre, Líbano e actualmente no Brasil os artistas questionam os espaços que estão à espera de "resoluções" politicas, econímicas ou poéticas.

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