DESCUBRA AS PÉROLAS DO ROSSIO

A Tendinha – 1840



A tendinha, fundada em 1840, é o último botequim do Rossio.
É uma taberna tradicional lisboeta que serve as tradicionais sandes de ovo, carne assada, bacalhau frito, os salgados, vinho a copo e a famosa Ginjinha.

É uma velha taberna nesta Lisboa moderna!


A Ginjinha – 1840


A Ginjinha do Largo de S. Domingos, propriedade de um galego de nome Espinheira, foi o primeiro estabelecimento em Lisboa (1840) a comercializar a bebida que lhe dá o nome e que rapidamente se transformou num ex-líbris da cidade. Por conselho de um frade da Igreja de Santo António, Espinheira fez a experiência de deixar fermentar as ginjas dentro de aguardente, juntando-lhe açúcar, água e canela. O êxito foi imediato, quer por ser doce, quer por ser barato, e a ginjinha transformou-se na bebida típica de Lisboa.



Tabacaria Mónaco – 1875


A Tabacaria Mónaco foi fundada em 1875, por João César Vieira da Cruz, num pequeno estabelecimento do lado ocidental da Praça D. Pedro IV, onde antes funcionara uma mercearia. A sua fundação conjugou-se, da forma mais oportuna, com o rasgamento da vizinha Avenida da Liberdade, inaugurada em 1886, e que veio alterar a vivência quotidiana da cidade oitocentista, reequilibrando o bulício e a centralidade emblemática do Chiado elegante e intelectual com o Rossio histórico.

De facto, de tal forma se tornou frequentada a minúscula tabacaria, cujo nome denunciava com graça a exiguidade do espaço, e à porta da qual se formavam frequentemente longas e inconvenientes filas, que Júlio César Vieira da Cruz, filho do fundador, encomendou em 1893 um projeto de ampliação e remodelação da loja ao artista e arquiteto Rosendo Carvalheira, então em início de carreira. 

Deste projeto, para o qual Rosendo Carvalheira convidou Rafael Bordalo Pinheiro e Antonio Ramalho, artistas de reconhecido mérito, resultou a transformação do primitivo e modesto cubículo numa elegante galeria comercial, cuja decoração veio revolucionar o estagnado panorama do comércio local, instituindo-se como paradigma de luxo e urbanidade à altura de uma capital europeia fin de siècle.

Os “dois palmos” de fundo da Tabacaria Mónaco deram lugar a uma estreita mas longa galeria, cujo espaço representa um notável exemplo da integração das artes avant la lettre, com arquitetura, escultura e pintura trabalhadas numa perspetiva conjunta, de claro gosto burguês, plasmada num sincretismo muito “português”, que conjuga com humor e leveza a tradição lusitana e o apelo da Europa cosmopolita e glamorosa, e que logo inspirou a Fialho de Almeida o epíteto de «Capella de S. João Baptista dos charutos».

Chapelaria Azevedo - 1886

  
Em 1886, Manuel Aquino de Azevedo Rua deixou os socalcos do Douro, onde era produtor de vinho do Porto, quando a filoxera lhe arruinou as vinha. Veio para Lisboa com o dinheiro contado que o seu tio padre lhe emprestou, o suficiente para abrir não uma, mas duas lojas no Rossio.

Nasceu assim por «mero acaso» a Chapelaria Azevedo Rua na Praça D. Pedro IV, outrora também conhecida por Praça dos Chapeleiros. Durante décadas ditou a moda entre senhoras e, sobretudo; cavalheiros, que exibiam os côcos e cartolas nas tertúlias dos cafés. O negócio, porém, só chegaria verdadeiramente à população feminina em 1988, quando o neto e o bisneto do fundador tomaram conta do negócio, restaurando o espaço, apostando nessa vertente feminina e entrando em contacto com fornecedores de vários países, numa tentativa de actualizar e modernizar o negócio do chapéu.

Neste momento, a Chapelaria Azevedo Rua, já vai na quinta geração e talvez seja esse o segredo do seu sucesso, pois vai passando de geração em geração, havendo sempre um membro da linhagem do fundador nas rédeas do negócio.

Provavelmente, nem Manuel Aquino de Azevedo Rua imaginaria que a chapelaria que fundou em 1886, chegasse aos dias de hoje, porém nada disso seria possível sem o amor e a dedicação que cada geração que por ali passou empregou, bem como pelos seus fieis clientes.


Pastelaria Suiça – 1922



Este estabelecimento foi fundado por Isidro Lopes e Raul de Moura em 18 de Março de 1922, com um capital social de 300 mil escudos, para exercer a actividade de “pastelaria, leitaria e seus derivados”, tendo adoptado a designação de “Casa Suissa, Lda.”
O Rossio ladeado pelos inúmeros cafés e esplanadas no lado poente, permitiu que a Pastelaria Suiça, banhada pelo esplendoroso sol, acolhesse e fosse preferida pelas gentes fugitivas da Europa Central

Com o início da 2ª Guerra Mundial, Lisboa tornou-se ponto de cruzamento dos vários interesses no conflito, o que permitiu, dada a sua excepcional localização e inteligente receptividade da jovem gerência, tornar-se no local de encontro e lazer de alguns dos milhares de refugiados que procuravam ou aguardavam os mais diversos destinos.

O local é mencionado em inúmeras reportagens daquela época, ocupando capítulos de algumas obras literárias. Nos anos 50, lá foram filmadas cenas de um filme de espionagem, tendo Lisboa por palco. Cadeias de televisão da Holanda, Alemanha, Escandinávia e Japão têm utilizado a Pastelaria Suiça para relembrar hoje, como promoção turística, alguns dos momentos históricos d épocas passadas.

Foi galardoada com o Diploma de Honra e Medalha de Ouro na Primeira Exposição Nacional de Confeitaria e Pastelaria, no ano de 1956, e distinguida com a Menção Honrosa no Concurso 2Bolo Henriquino”, em Abril de1961.

Acompanhando a evolução dos hábitos alimentares, já no decurso dos anos oitenta, foi feita remodelação total, conquistando mais espaço e apostando em outros segmentos de mercado, tais como snack-bar, geladaria e cafetaria em “auto-serviço”.
A caminho do século XXI, tem a prestação social de marcado relevo. E, aberta a universo humano sem restrições continuará a ser lugar privilegiado de encontro.



Pérola do Rossio - 1923



Fundada em 1923, por Mário Lopes de Moraes, a Pérola do Rossio permanece nas mãos da mesma família há cerca de três gerações.

Trata-se de uma loja onde o café e o chá assumem o protagonismo, sem descurar todos os produtos que os complementam como sejam: Vinhos, nacionais e estrangeiros, doces e compotas, bolachas e biscoitos, chocolates, máquinas de café e respectivos acessórios, bules, etc.

O interior do estabelecimento é representativo do comércio tradicional da baixa lisboeta, onde é possível observar moinhos de café, quase centenários e ainda hoje utilizados, e grandes vitrines onde se expõem, devidamente organizados, os bules, as latas de chá e de café, as tradicionais máquinas de balão, vinhos, licores, produtos regionais, entre outros.

A Pérola do Rossio dá a conhecer, quer a clientes nacionais, quer a estrangeiros que a visitam, produtos da mais elevada qualidade, primando por um atendimento personalizado e propiciando momentos de pura satisfação para quem tem o privilégio de degustar os produtos que oferece.



Joalharia Ferreira Marques, Filhos - 1926


Fundada há 80 anos, a Joalharia Ferreira Marques está situada na Praça do Rossio, em pleno coração de Lisboa, uma cidade que desde sempre procurou dignificar, quer através das suas peças exuberantes, quer da sua magnífica fachada “arte nova”.

Apesar de ser uma das mais antigas joalharias da capital portuguesa, os seus responsáveis têm sabido ir ao encontro do gosto dos clientes, mediante a escolha criteriosa de peças e marcas, fruto de uma prospecção persistente.

O trabalho é desenvolvido em estreita cooperação com os fornecedores, sejam eles de reduzida ou grande dimensão, portugueses ou estrangeiros, com o objectivo de lhes serem transmitidas as orientações que melhor vão ao encontro da preferência do cliente.

Como elementos diferenciadores, a Ferreira Marques assume que, para além da fachada “arte nova”, possui uma localização privilegiada, na praça mais importante de Lisboa, a do Rossio.

Café Nicola - 1929



No século XVIII, um italiano de nome Nicola inaugurou no Rossio um dos primeiros cafés de Lisboa a que chamou "Botequim do Nicola". Desde logo, o estabelecimento começou a ser frequentado por conhecidos escritores, artistas e políticos. Alguns frequentavam o café com tanta assiduidade que fizeram dele a sua segunda casa, como foi o caso do poeta Manuel Maria Barbosa du Bocage.

O Botequim Nicola, que nasceu com a baixa pombalina e se tornou célebre no reinado de D. Maria I, foi passando por vários donos e atividades, até que em 1928 Joaquim Fonseca Albuquerque transfere para si a já tão famosa casa. Adotando o nome de Café Nicola, este continuou a ser preferido pela gente da época.

A 2 de outubro de 1929 é inaugurado o Café Nicola. Desde a fachada exterior, de autoria do Arquiteto Norte Júnior, até à baixela em prata, nenhum pormenor foi esquecido. No interior, a talha de madeira, ferros forjados e muitos lustres compunham a decoração. Uma escultura de Marcelino de Almeida que evocava o Bocage surpreendeu todos os que correram ao renascido café. O poeta também era personagem principal das telas do pintor Fernando Santos que decoravam as paredes do estabelecimento.

Em 1935, o Café Nicola foi remodelado, dando-lhe um estilo moderno, déco e geométrico fazendo a transição dos anos 30 para os anos 40. As telas foram substituídas pelas atuais, representando as mesmas cenas e pertencendo ao mesmo pintor.

Só a escultura de Bocage e a fachada se mantiveram intactas



Camisaria Moderna - 1932



António Regojo Rodriguez, o fundador da Camisaria Moderna em Lisboa juntou-se a um irmão que havia chegado meses antes e que era vendedor ambulante de rendas

Percorrendo mais de 30 Kms por dia, vendiam de casa em casa com a trouxa de trabalho às costas e durante dois anos as únicas despesas eram para comer e dormir.

Ao fim desse tempo, com o dinheiro poupado, montaram um pequeno armazém de revenda de rendas.

Anos mais tarde, quando um cliente pagou a sua dívida com máquinas de costura, fundaram uma das primeiras fábricas de camisas em série de Portugal, com a conhecida marca Regojo.
Mas o seu sonho era ser comerciante e estar em contacto com o público e foi assim, que em 1932,comprou a Camisaria Moderna em Lisboa, e mais tarde abriu uma sucursal em Madrid.

Espanhol de nascimento e Português de coração, viveu 84 anos em Portugal, fez sempre questão de todos os dias estar presente na sua Camisaria Moderna, para mais de perto contactar com os seus clientes e amigos, e acompanhar o progresso da empresa, assim, cumprindo e realizando o seu sonho.


Casa Travassos - 1933



Fundada em 1907, esta mítica casa foi alvo de uma mudança de proprietários em 2000, associando a partir de então a casa de câmbios Nova Câmbios que opera no mesmo espaço. O balcão da Casa Travassos é rústico e tradicional, conservando a marca antiga do galo que canta ganhador, ao raiar do sol para um novo dia, nova vida. A arquitectura do balcão da casa de câmbios não podia ser mais moderno, com cores fortes e arrojadas. São duas épocas diferentes e públicos diferentes que convergem no mesmo espaço.

Ourivesaria Portugal – 1942



A Ourivesaria Portugal foi fundada em Outubro de 1942, tendo desde a sua fundação por base os princípios e os valores da seriedade, da verticalidade e do rigor, que estão e estarão sempre presentes nesta Organização.
Temos tido também ao longo da nossa História, uma constante preocupação com o Serviço Após Venda ou seja a atenção permanente aos nossos Clientes.


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