CASTELO DE SÃO JORGE - LISBOA
O Castelo de São Jorge, classificado como monumento nacional
desde 1910, integra-se na zona nobre da antiga cidadela medieval (alcáçova),
que constituiu os primórdios da cidade de Lisboa.
Esta fortificação foi construída pelos muçulmanos em meados
do século XI e conquistada por D. Afonso Henriques em 25 de Outubro de 1147.
Conta a lenda que essa victória contou com o apoio do
cavaleiro Martim Moniz, que terá conseguido manter aberta, por algum tempo, uma
das portas do castelo, por onde terão entrado os seus companheiros de luta,
acabando por morrer entalado na mesma.
Após a conquista de Lisboa o Castelo foi transformado em Paço
Real, vivendo os seus dias de apogeu enquanto espaço cortesão, até ao início do
século XVI.
Com a integração de Portugal na Coroa de Espanha, em 1580, o
castelo adquire um carácter funcional militar que manterá até ao século XX.
Castelo de São Jorge - 1877
Na década de 40 do século XX, obras de restauro conferem ao
Castelo a imagem e imponência que lhe são características e o mesmo é colocado
ao usufruto da população.
No final do século XX, investigações arqueológicas colocaram
a descoberto testemunhos das vivências passadas no local, as quais podem, hoje,
ser visitadas numa exposição permanente no Sítio Arqueológico.
Hoje só é possível entrar no Castelo de São Jorge pagando
bilhete (8,50 €).
Bilhetes
|
|
Estudantes < 25 anos
|
5,00
|
Família (2 Adultos e 2 crianças < 18 anos)
|
20,00
|
Pessoas com deficiência
|
5,00
|
Sénior (> 65 anos)
|
5,00
|
CarrisTur
|
6,50
|
Cityrama
|
6,50
|
LX Card
|
6,50
|
Operador Turístico
|
7,50
|
Grupos Escolares
|
1,00
|
Aberto ao público
7 dias por semana, o Castelo de São Jorge é hoje um local onde se pode fruir do
património, ficar a saber um pouco da história de Lisboa na Exposição
Permanente, explorar os vestígios do bairro islâmico do século XI no Sítio
Arqueológico, descobrir vistas inéditas da cidade na Câmara Escura, passear
pelos jardins e miradouro, fazer uma pausa no Café do Castelo, participar em
visitas guiadas ou noutras actividades ou, simplesmente, deixar-se encantar com
a música, o teatro, a dança e as tertúlias sobre património que vão animando os
dias neste notável Monumento Nacional de Lisboa.
Dispõe de uma
câmara escura, sistema óptico de lentes e espelhos, permite observar
minuciosamente a cidade em tempo real, os seus monumentos e zonas mais
emblemáticas, o rio e a azáfama própria de Lisboa, num olhar que percorre 360º.
Podem, ainda,
visitar o castelejo de época islâmica, construído em meados do século XI, a
fortificação situa-se na zona de mais difícil acesso do topo da colina,
aproveitando as escarpas naturais a Norte e Oeste. O castelo tinha como função
albergar a guarnição militar e, em caso de cerco, as elites que viviam na
alcáçova (a cidadela). Não tinha uma função de residência como acontece com
outros castelos da Europa. Preserva ainda 11 torres, das quais se destacam a
Torre de Menagem, a Torre do Haver ou do Tombo, a Torre do Paço, a Torre da
Cisterna e a Torre de São Lourenço, situada a meia encosta. Na segunda
praça encontram-se ainda vestígios de antigas construções e uma cisterna. Ainda
neste átrio, é visível, na muralha Norte, uma pequena porta designada por Porta
da Traição, que permitia a entrada ou saída de mensageiros secretos em caso de
necessidade.
O seu jardim é
hoje o único espaço verde de Lisboa onde dominam, e são observáveis, as
principais espécies autóctones da floresta portuguesa, como os sobreiros,
zambujeiros, alfarrobeiras, medronheiros, pinheiros-mansos e algumas árvores de
fruto em memória da antiga horta do Paço Real da Alcáçova.
Pela sua
excepcional localização o castelo destaca-se como um dos principais miradouros
da cidade de Lisboa.
Dentro do Castelo funcionam uma cafetaria, Café do Castelo,
instalado numa das alas do edifício do antigo Paço Real da Alcáçova, onde é
possível tomar refeições a preços acessíveis e dentro do horário de
funcionamento do Castelo.
Um restaurante, Casa do Leão, com vista para a cidade,
instalado noutra ala do antigo Paço Real da Alcáçova, e aberto até às 23h. O
restaurante distingue-se por uma interpretação sofisticada da riquíssima
cozinha tradicional portuguesa.
São Jorge (275 -303)foi, de acordo com a tradição, um soldado romano no exército do Imperador Diocleciano, venerado como mártir cristão. Na hagiografia, São Jorge é um dos santos mais venerados no catolicismo. É imortalizado no conto em que mata o dragão e também é um dos catorze santos auxiliares. Considerado como um dos mais proeminentes santos miliatares, sua memória é celebrada dia 23 de abril como também em 3 de novembro, quando, por toda parte, se comemora a reconstrução da igreja dedicada a ele na Lida (Israel), onde se encontram suas relíquias, erguida a mando do Imperador Romano Constantino I.
Comentários
Enviar um comentário