Concerto no Museu Nacional da Música


No âmbito da exposição Violinos de Construção Portuguesa, patente até 6 de março, Daniel Bolito (violino) e Duarte Pereira Martins (piano) interpretam, no dia 20 de janeiro, às 19h00, Beethoven e também os compositores portugueses Joly Braga Santos e Luís Barbosa.
Daniel Bolito tocará no violino Galrão de 1794 da colecção do Museu Nacional da Música.
PROGRAMA
Ludwig van Beethoven |
Sonata para violino e piano, opus 12, n.º 1, em ré maior
I. Allegro con brio
Joly Braga Santos |
Pastoral em modo lídio
Luís Barbosa |
Romance

Daniel Bolito, violino Galrão 
Duarte Pereira Martins, piano

SOBRE OS MÚSICOS
DANIEL BOLITO iniciou os estudos musicais na Escola de Música Nossa Senhora do Cabo e na Academia de Música de Santa Cecília com as professoras Paula Fernandes e Lígia Soares. Em 2004, ingressou na Escola Superior de Música de Lisboa, onde estudou com Khatchatour Amirkhanian. Mais tarde, ingressou na Universidade de Évora, na classe de Valentim Stefanov, na qual completou um ano de pós-graduação, finalizando com 20 valores. Frequentou ainda diversos cursos de aperfeiçoamento, concursos e cursos de direcção. Colaborou com orquestras como a Orquestra Sinfónica Juvenil, a Orquestra de Câmara Portuguesa e a Orquestra de Câmara de Cascais e Oeiras. Em Dezembro de 2012 integrou a Orquestra Fundação Estúdio, em Guimarães. Com essas colaborações, tem-se apresentado em vários festivais, tais como City of London Festival, Dias da Música, no CCB, e Cistermúsica, em Alcobaça. Tendo leccionado em diversas instituições de ensino do país, é presentemente professor de violino no Conservatório de Cascais. Participa regularmente em concertos fora do panorama clássico, privilegiando uma abordagem menos tradicional e mais ecléctica ao instrumento. Colabora assiduamente com o Ensemble MPMP, desempenhando funções de concertino.
Licenciado em piano pela Escola Superior de Música de Lisboa, DUARTE PEREIRA MARTINS concluiu o curso de piano do Conservatório Nacional com a classificação máxima.
Fundou e é o vice-presidente do MPMP, dirigindo a sua temporada de eventos. É igualmente o director artístico das duas inéditas gravações integrais das sonatas de Carlos Seixas (por José Carlos Araújo) e João Domingos Bomtempo (por Philippe Marques).
Premiado em diversos concursos de piano, apresenta-se regularmente em concerto por todo o país e estrangeiro, em diversas formações, com especial destaque para a divulgação do património musical português. Gravou para a Antena 2 e para a TV Brasil.
Frequenta, paralelamente, o curso de Engenharia Física Tecnológica no Instituto Superior Técnico.



SOBRE A EXPOSIÇÃO
Esta exposição exibe alguns dos 40 exemplares que constituem o núcleo de violinos e violoncelos de construção portuguesa da coleção do Museu Nacional da Música e resultou de um processo de conservação e estudo destes instrumentos.
Embora exista ainda pouco conhecimento sobre as oficinas de cordofones portuguesas do séc. XVIII e XIX, podemos afirmar que a sua grande maioria não era especializada, e os guitarreiros ou violeiros (assim chamados dependendo do ramo a que se dedicavam mais), faziam instrumentos de corda de vários tipos, inclusive de corda friccionada. A construção de violinos em Portugal desenvolveu-se, sobretudo, por imitação de modelos vindos de fora e, simultaneamente, através de técnicas próprias e adaptações locais, como é o caso paradigmático da rabeca.
A exposição ilustra, através de alguns exemplos particulares, o ambiente profissional e musical que rodeava os artificies, bem como a natureza familiar de muitos destes centros de fabrico.
Destacam-se também alguns violoncelos, entre os quais se encontra o de Joannes Petrus Hausz, construído em Lisboa em 1750 e submetido agora a um estudo dendrocronológico, do qual resultou um pequeno filme em exibição.
Estão ainda representadas três oficinas que ficaram conhecidas pela construção de violinos e violoncelos de grande qualidade: a de Joaquim José Galrão em Lisboa (séc. XVIII), a dos Sanhudos no Porto (séc.XIX) e a dos Capelas em Espinho (séc. XX/XXI), ainda em atividade. 

Entrada livre

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